O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, voltou a criticar o patamar da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, e seus impactos para o avanço da indústria. “Não há negócio em condições de concorrência capaz de fazer frente a tamanho custo de capital. Com a perenidade dos juros altos, temos assistido ao empobrecimento do país”, disse nesta quinta-feira (27/4), em audiência no Senado.
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Gomes participou da sessão que reuniu parlamentares, governos e entidades do setor produtivo para discutir a taxa de juros, inflação e o crescimento econômico. O convite foi feito pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Mesmo reconhecendo a importância do combate à inflação, o presidente da Federação acredita que o custo dos juros no país seja desproporcional e alertou para a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB). "O Brasil gasta com juros mais do que o gasto público somado com saúde e educação. Não é aceitável um pouco mais de inflação para ter um pouco mais de crescimento, mas não podemos descuidar do denominador da relação dívida/PIB", afirmou.
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