Tributação

Gasto tributário é 4 vezes maior que orçamento para Bolsa Família, diz Haddad

Em sessão do Senado para discutir a taxa de juros nesta quinta (27/4), o ministro da Fazenda disse ainda estar "otimista" em relação ao cenário econômico

Victor Correia
postado em 27/04/2023 14:07 / atualizado em 27/04/2023 15:13
 (crédito:  Edilson Rodrigues/Agência Senad)
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senad)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27/4) que os gastos tributários são “quatro vezes maiores” que o orçamento para o Bolsa Família, e frisou que uma das suas prioridades é cortar parte dos benefícios concedidos. Ele atribuiu ainda ao sistema tributário “boa parte” da ineficiência e da falta de competitividade do mercado brasileiro, mas se disse “otimista” com o cenário apresentado.

“Os gastos tributários são quatro vezes maiores do que o maior programa de transferência do mundo, que é o Bolsa Família”, declarou Haddad em suas considerações finais durante sessão temática do Senado para discutir a taxa de juros. Também estavam presentes a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A sessão foi conduzida pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Eu considero que a renúncia fiscal é superior ao que consta no Orçamento. Tem muita coisa que está para ser votada aqui que vai representar um ganho de eficiência para a economia em virtude do nivelamento das condições de competitividade dos vários players do mercado”, disse ainda o ministro da Fazenda.

Haddad defendeu que o sistema tributário atual prejudica a competitividade do mercado, já que os produtores mais eficientes não conseguem “resistir à concorrência desleal”. O ministro se disse ainda “muito mais otimista” do que muitos dos discursos feitos na tribuna do Senado durante a sessão, e que “não há motivo para não dar boa notícia” à população brasileira em relação ao cenário econômico.

Além de Haddad, Tebet e Campos Neto, discursaram senadores e representantes dos setores econômicos, como o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.

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