Em sessão no Senado, nesta quinta-feira (27/4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a harmonia entre política monetária e política fiscal. Em meio às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à condução das taxas de juros, o ministro citou que são medidas difíceis de tomar, mas necessárias. “Não é fácil tomar medidas impopulares, mas são medidas que justamente saneiam as contas para permitir um horizonte de planejamento maior”, destacou.
O ministro esteve no plenário hoje, a convite do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para debater a taxa básica de juros (Selic) e o crescimento da economia. Estiveram presentes também a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
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Na ocasião, Haddad explicou a correlação entre o fiscal e o monetário. “Eu não vejo a política fiscal, a política monetária e a política prudencial separadas umas das outras, elas fazem parte da mesma engrenagem. Se a economia continuar desacelerando, por razões ligadas à política monetária, nós vamos ter problemas fiscais, porque a arrecadação vai ser impactada. Eu não tenho como dissociar o monetário do fiscal.”
O ministro mencionou um rombo de cerca de R$ 100 bilhões deixado nas contas do governo e citou os problemas enfrentados em vários setores da economia. “Precisamos compreender que essa harmonização é absolutamente intranscendível para a gente crescer com robustez e segurança, a partir do ano que vem. E permitir que esse crescimento faça as adequações necessárias desse enorme conflito que precisa ser superado com prudência, com seriedade e sobretudo com transparência”, concluiu.
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