Estatísticas do setor externo mostram que as transações correntes do balanço de pagamentos registraram superavit de US$ 286 milhões no setor externo em março, ante deficit de US$ 3 bilhões em março de 2022. Na comparação interanual, o saldo comercial aumentou US$ 3,4 bilhões; o deficit em serviços recuou US$ 469 milhões; e o deficit em renda primária aumentou US$ 386 milhões. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (25/4), pelo Banco Central.
O balançou mostrou que o deficit em transações correntes nos últimos 12 meses somou US$ 52,3 bilhões (2,66% do PIB), ante US$ 55,6 bilhões (2,84% do PIB) no mês anterior e US$ 41,3 bilhões (2,43% do PIB) em março de 2022.
Já a balança comercial de bens registrou, em março de 2023, o maior superavit da série histórica, US$ 9,5 bilhões, ante saldo positivo de US$ 6,1 bilhões em março de 2022. As exportações de bens também foram recordes, US$ 33,3 bilhões, aumento de 12,1% em comparação a março de 2022. As importações de bens registraram aumento interanual de 0,9%, totalizando US$ 23,8 bilhões.
Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$ 7,7 bilhões em março de 2023, ante US$ 6,9 bilhões em março de 2022. Houve ingressos líquidos de US$ 6,4 bilhões em participação no capital e de US$ 1,2 bilhão em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 89,7 bilhões (4,57% do PIB) em março de 2023, ante US$ 88,9 bilhões (4,54% do PIB) no mês anterior e US$ 47,7 bilhões (2,80% do PIB) em março de 2022.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$ 2,0 bilhões em março de 2023, resultado de saídas líquidas de US$ 3,7 bilhões em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$ 1,7 bilhão em títulos de dívida. Nos 12 meses encerrados em março de 2023, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 7,1 bilhões.
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