Contas públicas

Arrecadação tem queda real de 0,42% em março de 2023 em relação a 2022

Os dados da arrecadação federal foram divulgados nesta terça-feira (25/4) pela Receita. Desoneração dos combustíveis e queda no preço das commodities foram os principais fatores para queda

Victor Correia
postado em 25/04/2023 12:14 / atualizado em 25/04/2023 12:59
 (crédito: Reprodução / Victor Correia )
(crédito: Reprodução / Victor Correia )

Em termos reais, a arrecadação federal sofreu em março uma queda de 0,42% em relação ao mesmo mês do ano passado, corrigido pela inflação. O valor total arrecadado no período foi de R$ 171,1 bilhões, o segundo maior valor para o mês desde 1995, quando teve início a série histórica. O maior montante foi em março do ano passado, de R$ 171,8 bilhões.

Já as receitas que são administradas pelo Fisco tiveram queda real de 0,07%, atingindo R$ 166 bilhões, contra R$ 159 bilhões em março de 2022. Em termos nominais, o aumento na arrecadação foi de 4,58%.

Os dados são da Receita Federal, que divulgou o balanço do mês passado, nesta terça-feira (25/4), em coletiva de imprensa no auditório do Ministério da Fazenda. Estavam presentes o chefe de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, auditor fiscal da Receita Claudemir Malaquias, e o coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide.

Segundo Claudemir, um dos principais fatores que contribuíram para a queda real no mês, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi a desoneração dos combustíveis.

"Houve um conjunto de fatores. Nós tivemos a atuação hoje da redução que foi promovida por uma alteração legislativa. Nós estamos em um momento em que o combustível não está onerado, em comparação com o ano passado, quando a gente tinha esse fator", declarou o auditor.

Ele citou ainda, como fator em menor grau, a queda do preço das commodities no mercado internacional. "Passados os efeitos mais intensos de instabilidade no mercado global, você tem uma acomodação do preço das commodities, que tende a voltar ao patamar normal do preço desses itens. A arrecadação acompanha, par e passo, o comportamento dos atores econômicos", afirmou Claudemir.

A Receita destacou, porém, o crescimento de 6,03% na arrecadação da receita previdenciária, explicado por um aumento de quase 18% na massa salarial em relação a março de 2022. Também houve aumento das receitas de capital, explicado pela alta da taxa de juros.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE