O presidente do Banco Central, Roberto de Campos Neto, fala nesta terça-feira (25/4), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, sobre a política de juros do BC como instrumento de combate à inflação. Segundo ele, a inflação de 2022 seria de mais de 10%, em vez dos 5,8%, sem a política de forte subida de juros da autoridade monetária, mesmo em ano eleitoral.
Sempre fazendo comparações com a taxa inflacionária da Argentina, Campos Neto reforçou que a grande responsável pela inflação controlada do Brasil é a política monetária do BC. E voltou a afirmar que, para trazer a inflação para o centro da meta, a taxa de juros deveria subir em mais 10 pontos porcentuais, ficando em 26,5%, mas que a autarquia suaviza para que a taxa de juros tenha o menor impacto social possível. “Se o Banco Central quisesse convergir a meta em 2023, para 3,25%, teria subido o juros no começo do ano para 26,5%. É óbvio que a gente não fez isso e não vai fazer isso”, disse Campos Neto.
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Campos Neto também apontou que a aprovação do teto de gastos, em 2017, criou uma expectativa bastante positiva no mercado, que levou a uma queda da expectativa da taxa de juros de 17% para 10%.
A participação de Campos Neto na CAE do Senado Federal acontece até o meio-dia de hoje. Após a apresentação inicial, o presidente do BC deve responder a perguntas dos parlamentares.
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