VAREJO

Vendas do comércio caem 0,1% em fevereiro, aponta IBGE

Na comparação com fevereiro de 2022, houve alta de 1,0%, sétimo resultado positivo consecutivo no índice; no indicador dos últimos 12 meses, a alta foi de 1,3%

Fernanda Strickland
postado em 25/04/2023 09:58 / atualizado em 25/04/2023 09:59
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O volume de vendas do comércio caiu 0,1% em fevereiro de 2023. Na comparação com fevereiro de 2022, houve alta de 1,0%, sétimo resultado positivo consecutivo no índice, enquanto no indicador dos últimos 12 meses a alta foi de 1,3%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (25/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a variação de -0,1% observada em fevereiro, há sustentação do patamar alcançado em janeiro de 2023, quando o índice demonstrou crescimento de 3,8%.

Por sua vez, a taxa de janeiro representou uma recuperação da base baixa dos dois últimos meses de 2022, quando houve retração nas vendas.

Cristiano Santos, gerente da pesquisa, afirma que os resultados são “consequência de um período de Black Friday e Natal ruins, que resultaram em uma recuperação em janeiro e uma sustentação desse patamar em fevereiro”. Segundo ele, ainda, “um cenário de inflação estável em alguns setores importantes para a nossa pesquisa, como a alimentação em domicílio, que impacta a atividade de hiper e supermercados, também ajuda a entender os resultados observados em fevereiro”.

Setores

A variação negativa no mês foi acompanhada por seis das oito atividades que fazem parte do comércio varejista. Destaque para o grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%), que representa mais de 40% do peso mensal da pesquisa.

Além disso, Tecidos, vestuários e calçados (-6,3%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,4%) se destacaram negativamente em fevereiro. Ambas são atividades de alta volatilidade, que estão variando muito nos últimos meses. “Um fator que ajuda a explicar esse cenário é que janeiro foi um mês de muitas promoções, como estratégia de grandes empresas desses setores após novembro, com a Black Friday, e dezembro, com o Natal, terem sido meses de baixa. Promoções que não seguiram para fevereiro”, esclarece o especialista.

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