O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a se dirigir ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para pedir a redução da taxa básica de juros (Selic). Segundo ele, essa é "uma súplica do Congresso Nacional".
"Quero mais uma vez destacar ao nosso querido Roberto Campos Neto, com devida vênia, a nossa reivindicação relativamente ao juro do Brasil, com a natural cordialidade respeito e acatamento, mas é uma súplica do Congresso Nacional”, disse em seu discurso de abertura, no último dia da Lide Brazil Conference, evento com investidores que acontece em Londres nesta sexta-feira (21/4).
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Pacheco destacou que o patamar da taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano, torna mais difícil o crescimento da economia brasileira. “Não poderia deixar de externar que 13,75% ao ano realmente são muito difíceis para o crescimento do Brasil. Tenho certeza que o BC, sob a condução de Roberto Campos Neto, haverá de cuidar de maneira muito veemente para que essa taxa de juro se reduza no Brasil”, acrescentou.
Na ocasião, o presidente do Senado enfatizou o compromisso com o acordo bilateral firmado entre o Brasil e o Reino Unido para evitar a dupla tributação e o esforço para a aprovação do marco legal das garantias, em tramitação no Congresso. Pacheco também reforçou seus compromissos à frente da Casa com com uma arrecadação sustentável e inteligente e razoável, sem a criação de novos impostos.
Mais cedo, Campos Neto afirmou, durante o evento, que a economia não gira em torno do atual patamar da Selic. Ao ser questionado por um empresário que o atual patamar dos juros impedia o Brasil de crescer, o chefe da autoridade monetária explicou que apenas 20% do crédito é ligado à Selic e o restante é ligado a taxas longas.
"O que move o Brasil não é a taxa de juros de um dia, é a taxa de juros de três, cinco, 10 anos. Para fazer que a queda da Selic gere um movimento de queda prolongada de juros, precisa ter credibilidade. O Banco Central está esperando o melhor momento para fazer para que isso tenha um ganho real para as pessoas. A economia não gira na Selic”, declarou o presidente da autoridade monetária. “Obviamente, o BC quer cair o juro”, ponderou, mas disse que, se a movimentação não for feita com “credibilidade”, a taxa a longo prazo continuará alta.
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