O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), começou do pregão desta quarta-feira (19/4) operando em baixa, com investidores digerindo os detalhes do novo arcabouço fiscal e a aversão ao risco no exterior, em meio aos temores de novas altas de juros nos Estados Unidos e na Europa. Por volta das 11h, o índice operava em queda de 1,58%, aos 104.487,90 pontos, enquanto o dólar comercial registrava alta de 1,37%, cotado a R$ 5,044.
O projeto de lei, entregue ontem ao Congresso, foi apresentado com alguns ajustes em relação ao anunciado anteriormente, como a exclusão de receitas extraordinárias da base de cálculo para o aumento real das despesas. O texto final também traz mais detalhes sobre as metas de resultado e o que deve acontecer, caso essas metas não sejam cumpridas.
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No cenário externo, o mercado iniciou o dia preocupado com a probabilidade de altas nos juros de economias desenvolvidas, depois de resultados de inflação na Europa e expectativa por dados econômicos nos Estados Unidos.
Segundo o economista-chefe da Valor Investimentos, Piter Carvalho, os investidores precificam principalmente o temor sobre os juros. “Realmente o arcabouço fiscal não faz milagre. O mercado também está de olho no Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central), que está em evento em Londres e repercute principalmente sua visão sobre o arcabouço e sobre inflação e juros. Ele mostra que o combate à inflação não acabou, com isso o mercado já precifica juros altos por mais tempo”, avaliou.
“É um dia de mau humor, também com o mundo olhando para esse cenário de juros e inflação alta na Inglaterra, mostrando que não está resolvido, e o mercado começa a realizar alguns ganhos, após as últimas altas”, acrescentou Carvalho.
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