Otimista com a economia brasileira, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, disse que não enxerga a questão fiscal como um problema do Brasil. Ele foi o convidado de ontem do CB.Poder — uma parceira do Correio com a TV Brasília — e também falou sobre a importância do mercado de seguros no país.
"É um passo importante para o governo apresentar uma proposta de arcabouço. Isso trouxe muita tranquilidade para o mercado, porque, no mínimo, se começa a ter um desenho. Eu, particularmente, tenho uma avaliação um pouco dissonante a respeito da questão fiscal no Brasil", afirmou.
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Como você vê os dois primeiros meses do ano no mercado de seguros?
O mercado tem crescido bem. No ano passado, nós tivemos 16% de crescimento no mercado de seguros e, no acumulado de janeiro e fevereiro, já tivemos um crescimento de 10% em relação a janeiro e fevereiro do ano passado. Isso é interessante, é um momento muito importante, embora a gente ainda tenha uma cobertura muito pequena na área de seguros no Brasil. Se você pensar, por exemplo, o automóvel, que é um produto que normalmente as pessoas procuram mais, apenas 30% da frota é coberta com seguro.
Por que você acredita que os planos de saúde estão enrijecidos?
O setor foi evoluindo e a própria regulação foi evoluindo em um sentido, que é compreensível, de alargar a cobertura. Todos os tratamentos, todos os medicamentos, todas as próteses, todo tipo de equipamento médico, tudo foi sendo colocado dentro da cobertura. E, com isso, se chegou a um ponto que você só tem um produto no mercado, que é o produto que cobre tudo.
Sobre o novo governo, você está otimista com a economia?
Sim.É um pouco da minha natureza ser otimista, mas eu acho que o governo começou, já na transição, resolvendo o problema do orçamento, que vai dar uma injeção de recursos no consumo, principalmente, ao longo do ano. E isso vai criar um estímulo na economia e vai fazer com que a economia cresça mais. Como estamos ainda neste início de ano, esses sinais ainda não estão sendo sentidos na economia. Temos que lembrar o cenário que a gente está. Estamos com a inflação em 0,71%. A Europa está com inflação acima de 9%. Outros países estão com inflação também nesse patamar.
O arcabouço fiscal pode ajudar na estabilização ou até queda da inflação?
Acredito que sim. É um passo importante para o governo apresentar uma proposta de arcabouço. Isso trouxe muita tranquilidade para o mercado, porque, no mínimo, se começa a ter um desenho. Eu, particularmente, tenho uma avaliação um pouco dissonante a respeito da questão fiscal no Brasil. Eu não vejo a gravidade que se aponta hoje a respeito da questão fiscal.
*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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