arcabouço fiscal

"Não vejo gravidade a respeito da questão fiscal", diz presidente da CNSeg

Chefe da principal entidade de seguradoras do país, Dyogo Oliveira destaca performance da economia brasileira diante da crise internacional

Raphael Pati*
postado em 11/04/2023 19:07 / atualizado em 11/04/2023 19:08
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Em entrevista para o CB.Poder — uma parceira do Correio com a TV Brasília — o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, disse que não enxerga a questão fiscal como um problema no país. Pelo contrário, o executivo está otimista em relação à economia do país em 2023.

“É um pouco da minha natureza ser otimista, mas eu acho que o governo começou, já na transição, resolvendo o problema do orçamento, que vai dar uma injeção de recursos no consumo, principalmente, ao longo do ano. E isso vai criar um estímulo na economia e vai fazer com que a economia cresça mais. Como a gente ainda está neste início de ano, esses sinais ainda não estão sendo sentidos na economia”, avalia o presidente.

Oliveira ainda ressaltou que é necessário lembrar o cenário atual, desfavorável para as economias do mundo inteiro. Segundo ele, a pandemia, a guerra da Ucrânia e a crise nos país produtores de petróleo não foram suficientes para gerarem impactos significativamente negativos na economia brasileira.

“A gente está com a inflação em 0,71%. A Europa está com inflação acima de 9%. Outros países estão com inflação também nesse patamar. A inflação, nesse momento, é uma inflação que tem mais a ver com o lado da oferta do que com o lado da demanda. Então a gente está em um cenário em que a inflação se encaixou em um nível que, até não é tão ruim”, indica.

Dyogo Oliveira ainda acredita que o Banco Central não irá mais elevar a taxa Selic, mesmo com a última ata da reunião do Copom indicando que, se nada fosse feito para resolver a questão fiscal, o banco poderia elevar ainda mais a taxa atual. “Eu acredito, também, que a gente já chegou ao fim do ciclo de aperto monetário. Então, no máximo, o Banco Central vai manter a taxa”, concluiu.

*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes

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