O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e ex-ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirma haver uma preocupação em garantir que um número maior de pessoas possa adquirir algum tipo de seguro. Ele comenta que, atualmente, o mercado de planos de saúde, por exemplo, é altamente enrijecido, o que faz com que o custo fique ainda mais alto.
“Se você está assegurado é sempre uma tranquilidade. Às vezes as pessoas falam ‘ah, não, o seguro é bom quando a gente não usa’. Mas não é verdade. Você usa o seguro desde a hora que você contrata, porque você já fica mais tranquilo, você já está garantido que, se der algum problema, você já está com a vida resolvida”, argumenta Dyogo, em entrevista comandada pelos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Rosana Hessel na edição desta terça-feira (11/4) do CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília.
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Com o objetivo de aumentar em 20% a população atendida e a participação das seguradoras no PIB (produto interno bruto) brasileiro, a CNSeg e a Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados (Fenacor) apresentaram, em março deste ano, o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros.
A ideia, além de expandir a atuação das empresas de seguro no país, é alcançar uma receita para o setor, de 10% do PIB, até 2030. Para isso, o projeto inclui 65 iniciativas de ação voltadas para o desenvolvimento de novos produtos com custo mais baixo, mais acessíveis e flexíveis, e que possam ser adaptados de acordo com a necessidade do segurado.
O executivo menciona na entrevista, ainda, sobre as ocorrências climáticas do início do ano, que, segundo ele, reafirmam a necessidade em se criar seguros voltados para desastres do gênero, tais como os que ocorreram em fevereiro em São Sebastião, no litoral norte paulista, que deixaram 65 vítimas.
Sobre o produtor rural, o presidente da CNSeg afirma que a categoria “está cada vez mais suscetível a problemas climáticos”. “Tivemos dois anos seguidos de eventos climáticos severos. Se ele não tem a proteção do seguro e ele perde a safra, ele não perde só a safra, mas ele perde até a propriedade, perde máquina, tem que vender, às vezes, a casa, para poder pagar as dívidas. Então a continuidade do trabalho dele depende do seguro”, comenta.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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