45% dos brasileiros são contra privatizações, aponta pesquisa do Datafolha

Levantamento também mostrou que outros 38% são favoráveis à desestatização de empresas e serviços públicos, ou seja, vinculados ao governo federal.

Michelle Portela

postado em 09/04/2023 21:46

(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha aponta que 45% dos brasileiros são contra privatizações de empresas e serviços públicos, enquanto 38% são favoráveis. O levantamento foi publicado na madrugada deste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo.

Realizada em 126 municípios, a pesquisa ouviu 2.028 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 29 e 30 de março, e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A verificação ocorreu antes de o governo publicar um decreto que retirou três estatais do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e outras sete do Plano Nacional de Desestatização (PND).

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O Datafolha apurou que 45% dos brasileiros são contra as privatizações, uma redução em relação aos 66% que se mostraram contrários a esse tipo de medida em setembro de 2022. Em contrapartida, os 38% agora favoráveis representam aumento do apoio, cujo índice foi de 26% n a pesquisa realizada em em setembro de 2022. 

Além disso, 14% não sabem (0% em setembro de 2022) e outros 3% são indiferentes (8% na última pesquisa). 

Decisões do governo Lula

O decreto publicado pelo governo Lula exclui do PPI as empresas Pré-Sal Petróleo S.A; a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Telebrás. Em relação ao PND, sete estatais foram retiradas do programa: a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT); o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); a Empresa Brasil de Comunicação (EBC); a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev); a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Nuclep); a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (AGBF); e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A (Ceitec).

Entre as maiores estatais excluídas do processo de desestatização está a Pré-Sal Petróleo S.A., vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A PPSA tem como atribuição a gestão dos contratos de partilha de produção, além da gestão da comercialização de petróleo e gás natural do chamado Pré-Sal.