CB.Agro

Chefe da Embrapa Café destaca importância da pesquisa para aumento da produção

O Brasil é o maior exportador de café do mundo, seguido pelo Vietnã e Colômbia. No Distrito Federal, a produção se destaca por ser orgânica e diferenciada

Yasmin Rajab
postado em 07/04/2023 17:56 / atualizado em 07/04/2023 17:57
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra participou, nesta sexta-feira (7/4), do CB.Agro — uma parceria entre a TV Brasília e o Correio Braziliense —, onde destacou os principais pontos sobre a produção do café no Brasil. O produto, que está presente no dia a dia dos brasileiros, é destaque de exportação no país. 

A Embrapa coordena o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, que conta com cerca de 1.000 pesquisadores, 46 instituições, 98 projetos sendo executados e 448 desafios de inovação. De acordo com Antonio, o setor cafeeiro no Brasil é "muito bem organizado", e produz, anualmente, entre 56 a 58 milhões de toneladas do grão. 

"A pesquisa é o subsídio e a garantia de que o produtor tenha a tecnologia adequada para garantir a sua produção. (A pesquisa) garante o conhecimento necessário para fazer com que a atividade do produtor rural seja rentável", ressalta. 

Antonio explica que o Brasil é o único país que tem condições, área, pessoas e pesquisa para garantir sustentabilidade na produção. "(A produção)do café cresce em torno de 2% ao ano. Se a gente analisar, em 2030, nós teremos que estar produzindo cerca de 209 milhões de sacos no mundo", conta. 

Produção de café no cerrado

No Distrito Federal, a produção do café é pequena, comparada ao nível nacional. No entanto, o destaque fica pelo café produzido na região ser "orgânico e diferenciado", avalia Antonio. Isso faz com que os pequenos produtores sejam premiados em concursos devido à alta qualidade. "O governo do Distrito Federal, se quisesse buscar uma opção para o pequeno produtor, o café seria, talvez, a cultura mais adequada."

Outro desafio é o clima seco, característico do cerrado, que exige que o café seja irrigado. "Tem um custo a mais na implantação da lavoura. Mas a produtividade no cerrado é maior, é em torno de 40 a 42 sacos por hectare, enquanto a média nacional está entre 27 a 30."

Confira a íntegra da entrevista: 

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