A Petrobras anunciou na noite da quinta-feira, 6, um novo desenho para o organograma da empresa, aprovado pela diretoria executiva. Entre as mudanças está a criação da Diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis.
Além disso, há modificações nos nomes e atribuições das demais diretorias da empresa. Ao menos uma delas, de Inovação e Transformação Digital, será extinta e terá as funções repassada a outras duas para manter o número de diretorias em oito e não acarretar aumento de custos, informou a Petrobras.
A mudança, que a Petrobras chamou de "ajuste organizacional", ainda será submetida ao Conselho de Administração da companhia para aprovação.
Para a nova diretoria de Transição Energética e Renováveis, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, formalizou a indicação de Maurício Tolmasquim, professor da Coppe-UFRJ e ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética no governo Dilma Rousseff.
Em comunicado, a empresa informa que a pasta de Tolmasquim vai coordenar atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade, e também vai incorporar as atividades comerciais de gás natural.
O gás era alvo de disputas entre os novos diretores e sua ida para o guarda-chuva de Tolmasquim atesta a força do agora executivo na estatal e sua proximidade com Jean Paul Prates.
No Brasil e no mundo, o gás natural é encarado como o combustível da transição e uma das chaves para o desenvolvimento econômico de curto prazo.
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Reestruturação e novas funções
Outras mudanças na estrutura organizacional da Petrobras envolvem a tradicional Diretoria de Desenvolvimento da Produção, ocupada por Carlos José do Nascimento Travassos, que vai acumular novas funções, sendo renomeada para Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação.
A unidade vai incorporar o Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes, no Rio de Janeiro.
Com isso, será extinta a diretoria de Inovação e Transformação Digital, até então chefiada por Carlos Augusto Barreto.
As funções dessa diretoria serão distribuídas entre a diretoria de Travassos e a área a ser comandado por Clarice Copetti, que seguirá como diretora, mas de Assuntos Corporativos. Essa supressão é que abre espaço para a nova frente de transição energética e mantém o número de diretorias em oito.
Copetti antes comandava a Diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, que será transformada na chamada Diretoria de Gestão Corporativa, também sob seu comando.
A área vai administrar processos internos de gestão de pessoas, saúde, meio ambiente e segurança (SMS) e serviços compartilhados, incorporando a estrutura de transformação digital e tecnologia de informação. Segundo a Petrobras, Barreto, cuja diretoria desaparece, vai seguir responsável pelos assuntos de Transformação Digital, mas sob Copetti.
Já a atual Diretoria de Refino, Gás e Energia, chefiada por William França da Silva, será renomeada como Diretoria de Processos Industriais e Produtos, incluindo derivados do refino de petróleo, gás e biocomponentes. E a presente Diretoria de Comercialização e Logística, ocupada por Claudio Romeo Schlosser, passa a ser denominada Diretoria de Logística, Comercialização e Mercados.
A Diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, ocupada por Sergio Caetano Leite, também passa a ser responsável pela área de Gestão de Portfólio que, portanto, será chave para o futuro do plano de desinvestimentos da companhia que, ao que tudo indica, deve minguar.
Estão mantidas as diretorias de Exploração e Produção e Governança e Conformidade, esta última ocupada por Salvador Dahan até meados de maio.
Finalmente, as gerências executivas de Comunicação e Marcas, Responsabilidade Social e Relacionamento Externo ficarão diretamente ligadas à presidência da empresa, respondendo diretamente a Prates.
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