Após anúncio do arcabouço, Haddad reúne-se com Campos Neto nesta segunda

Será o primeiro encontro entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central após o anúncio do novo marco, com expectativa do governo de redução dos juros

Victor Correia

postado em 03/04/2023 10:14 / atualizado em 03/04/2023 10:15

(crédito: Ministério da Fazenda/Divulgação)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebe nesta segunda-feira (3/4), às 17h, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O encontro ocorre após o anúncio do arcabouço fiscal pelo governo, feito na quinta passada (30/3), e em meio ao conflito entre governo e autoridade monetária pela queda da taxa Selic, a taxa básica de juros.

Haddad desembarcou esta manhã em Brasília, vindo de São Paulo, e participar de uma reunião interministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Planalto. Mais tarde, o ministro tem reuniões internas e encontros com a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi, e com o secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas.

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A expectativa do governo é que, com o anúncio do arcabouço, o Banco Central anuncie a redução dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre em maio. Em tom duro, a última ata do Copom, divulgada na terça passada (28), não traz expectativa de que a taxa seja reduzida em um futuro próximo.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que mostrou deterioração adicional, especialmente em prazos mais longos”, declarou o Copom.

Esforço reconhecido

A ata foi divulgada dois dias antes do novo marco fiscal. Questionado na semana passada sobre o anúncio, o presidente do BC evitou comentar e disse ainda não ter visto a proposta final, mas que a prévia parecia “bastante razoável”, e que “reconhece o esforço que está sendo feito”.

Também participam do encontro entre Haddad e Campos Neto o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, e quatro diretores do Banco Central.