O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,05% em março. No mesmo período, em 2022, a marca foi de 1,74%. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (30/3), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo cálculo do IGP-M.
O indicador apurou deflação em fevereiro de 0,06%. Com o resultado de março, o IGP-M acumula taxa de inflação de 0,20% ao ano. A taxa acumulada em 12 meses é de 0,17%, abaixo dos 14,77% de março de 2022.
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O principal responsável pela alta foram os preços no varejo e atacado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mensura o varejo, subiu de 0,38% para 0,66%. Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou elevação, passando de -0,20% para 0,12%. A inflação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,21% para 0,18% no mesmo período.
"O IGP-M acumulado em doze meses segue em desaceleração e registra a sua menor taxa desde fevereiro de 2018, quando apresentara queda de 0,42%. Os índices componentes do IGP-M também apresentaram desaceleração nas taxas interanuais. No mês de março, enquanto os índices ao produtor e da construção civil desaceleraram, a variação do IPC acelerou devido à volta da cobrança dos tributos federais sobre a gasolina, cujo preço subiu em média 6,52%”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
A FGV considera a variação de preços de bens e serviços, matérias-primas usadas na produção agrícola, industrial e construção civil para mensurar o IGP-M. O indicador é utilizado para compor reajustes tarifários nestes setores, além de ser usado como indexador de contratos em empresas de serviços, como por exemplo de educação e planos de saúde, e para reajuste em contratos de aluguel.