Estudo publicado nesta sexta-feira (17/3) pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) aponta que o Brasil é o maior destino de Investimento Estrangeiro Direto (IED) da União Europeia (UE) na América Latina, com 263 bilhões de euros investidos no país. O levantamento avalia ainda que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e o futuro fechamento do acordo entre o Mercosul e a União Europeia podem transformar o Brasil no principal destino de investimentos da UE entre os países emergentes, superando a Rússia.
"O investimento estrangeiro direto pode aumentar ainda mais entre a UE e o Brasil, graças ao futuro Acordo de Associação Mercosul-UE. Esse acordo nos proporcionará uma estrutura de ação conjunta em
relação aos desafios enfrentados por ambas as regiões: tornar nossas cadeias de valor mais verdes,
enfrentar a mudança do clima, fortalecer a cooperação científica e de educação superior, promover o
desenvolvimento digital, promover a democracia, o Estado de Direito, a paz e a segurança", diz o estudo.
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O Mapa Bilateral de Investimentos Brasil-União Europeia foi divulgado nesta tarde em evento na sede da Apex Brasil, em Brasília. Estavam presentes representantes da agência, do governo federal e da União Europeia, como a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, e o ministro do Desenvolvimento Internacional e da Diáspora da Irlanda, Sean Fleming.
Mais cedo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reuniu-se com Margrethe e com o presidente da Apex, Jorge Viana, para discutir o acordo entre os blocos econômicos. Segundo a vice-presidente da Comissão Europeia, a UE quer acelerar os trâmites e vê "uma janela de oportunidade" para fechar o acordo neste ano.
Investimentos em infraestrutura tiveram destaque
O levantamento usa dados até 2020. Segundo o Mapa, que foi cofinanciado pela UE, O Brasil é o sexto maior destino de investimentos da Europa, atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Canadá e Rússia. Dentro do bloco dos países emergentes, o Brasil também foi o segundo destino mais rentável para as empresas europeias, atrás apenas da China.
Entre as principais empresas que operam no Brasil com capital europeu estão o Carrefour, Ambev, Assaí, Neoenergia, Raízen, Telefonica, Enel, Assaí, GPA, Bunge e ArcelorMittal.
A área de infraestrutura também ganhou destaque no estudo. Ao todo, 133 projetos brasileiros receberam investimento europeu, sendo 50 usinas eólicas, 24 usinas solares e 20 de infraestrutura elétrica. Entre os demais projetos estão expansões de portos e aeroportos e duas refinarias de etanol.
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