Seja por cortes de custos, desempenho insuficiente ou simplesmente uma mudança na estratégia da empresa, a demissão pode ser difícil e traumática, causando preocupações financeiras e uma série de emoções negativas, como vergonha, raiva, tristeza e incerteza sobre o futuro.
De acordo com Rica Mello, gestor de pessoas, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, além dos procedimentos comuns nesse tipo de situação, como a atualização do currículo e a busca por direitos trabalhistas, alguns passos podem facilitar esse momento de transição entre empregos. “Um exemplo disso é salientar as metas alcançadas durante o último emprego, possibilitando um destaque em potenciais processos seletivos. Nesse sentido, é possível falar sobre eventuais melhorias que foram viabilizadas pela sua atuação, como procedimentos ou metodologias que tornaram os procedimentos internos mais rápidos e eficientes”, relata.
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Mostrar as próprias qualidades também é fundamental na busca por um novo emprego, mas isso não deve acontecer de forma exagerada. “Quando falamos que somos bons em muitas coisas, um sinal de alerta é ligado nos recrutadores. É importante destacar pontos específicos, quando mostramos, realmente, o nosso diferencial em relação a outros candidatos”, pontua Rica.
Big techs
Caso a intenção seja uma mudança completa de carreira, o gestor de pessoas acredita que o melhor caminho é conversar e buscar experiências com especialistas que já atuam na área desejada. “Entenda a história desses profissionais e descubra o que eles fizeram para se colocar no mercado de trabalho nesse determinado setor. Busque compreender como funcionam suas atribuições no dia a dia e as habilidades necessárias, se preparando para uma eventual vaga que possa aparecer. Essa troca de experiências é benéfica e pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso na busca por um cargo em um segmento específico”, declara.
Por fim, o palestrante acredita que profissionais que foram demitidos de big techs têm grandes chances de serem valorizados em pequenas e médias empresas. “Essas startups querem crescer e contar com um colaborador que fez parte de grandes equipes, o que pode oferecer muitas vantagens, principalmente em cargos relacionados a tecnologia, como programação e marketing digital. Nesse sentido, a valorização é maior não apenas em relação à remuneração, mas também na confiança depositada nesse profissional”, finaliza.
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