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Falência da Silicon Valley Bank não deve afetar mercados no Brasil

Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, a situação não vai contagiar de forma direta o sistema brasileiro

Correntistas, investidores e banqueiros do Silicon Valley Bank aguardam anúncio das autoridades reguladoras dos Estados Unidos sobre o que ocorreu após a falência do banco, a maior no país desde a crise de 2008. Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, a situação não vai contagiar de forma direta o sistema brasileiro.

A saga começou quando o Silicon Valley Bank (SVB) se deparou com a nova realidade de juros mais altos. O SVB enfrentou risco de taxa de juros em US$ 91 bilhões (R$ 475 bilhões) em títulos e, em seguida, anunciou uma liquidação de sua carteira de títulos de US$ 21 bilhões (cerca de R$ 110 bilhões), incorrendo perdas de cerca de US$ 1,8 bilhão (R$ 9,4 bilhões), segundo o Financial Times.

Na última sexta-feira, o FDIC (Federal Deposit Insurance Corp.) avisou que todas as contas e valores segurados pela empresa serão disponibilizados até a manhã de hoje. As tentativas de levantar capital falharam, e o banco contratou consultores para explorar uma possível venda.

Segundo o economista e presidente do Corecon-DF, César Bergo, no ponto de vista do Brasil, o sistema financeiro é bem sólido, porque o país ainda tem uma economia relativamente fechada. "Nós temos instituições aqui no Brasil que têm uma certa ligação com o mercado americano. Algumas delas até se anteciparam dizendo que não tem nenhum comprometimento com relação a essa liquidação do banco", explicou. "Não tenho dúvida que é realmente um banco importante no cenário americano, mas não vai haver um contágio direto do sistema brasileiro em função disso", disse.

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