O agro fechou o ano de 2022 com exportações recordes, registrando um crescimento de 32% em relação a 2021. A soja em grãos liderou as vendas externas no ano passado, com receita de US$ 46,6 bilhões, 20,8% a mais que no ano anterior. O milho ficou em segundo lugar e apresentou a maior variação entre os itens exportados. A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, explica que, nos últimos anos, o milho nunca esteve nos top 10 e credita à Guerra da Ucrânia o aumento significativo das exportações brasileiras de milho.
“No ano passado a gente teve uma novidade nessa lista (de exportações recordes) que foi o milho. O milho no ano passado foi o segundo produto brasileiro mais exportado. Por causa da guerra, da questão da oferta mundial do produto. Então, alguns mercados que a gente não vendia, eles se abriram para o Brasil, que ampliou muito a sua participação na pauta. Nos últimos anos, o milho nunca esteve nos top 10, e agora ele subiu”, destaca Sueme, nesta sexta-feira (10/3), em entrevista à jornalista Denise Rothenburg no programa CB.Agro — programa do Correio em parceria com a TV Brasília.
Confira a entrevista na íntegra
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Ainda segundo a diretora de Relações Internacionais, o Brasil é um país com grande potencial para exportações. Ela aponta que o fato de diversos países sofrerem com a dependência da importação de alimentos para garantir o abastecimento interno facilita o nível de exportação de alimentos do Brasil para essas nações.
“A gente tem um potencial imenso, o Brasil é muito agraciado do ponto de vista de abastecimento de alimentos. Mas essa não é uma realidade de muitos países. Quando você vai por exemplo para o Oriente Médio, países da Ásia, determinados países da África, são países que sofrem muito com a questão da dependência da importação de alimentos, que não é a nossa realidade. Então, nesses países se compra de absolutamente tudo. Tem países que têm uma dependência acima de 80% da importação de alimentos para garantir o seu abastecimento interno. Então, há espaço para todos os produtos que o Brasil produz.”
*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro
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