O governo central registrou déficit primário de R$ 41 bilhões em fevereiro, de acordo com relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30/3). O saldo do último mês veio pior que o déficit de R$ 20,4 bilhões registrado em fevereiro do ano passado. No acumulado de janeiro e fevereiro, o governo ainda acumula superávit de R$ 37,768 bilhões, graças ao resultado positivo verificado no primeiro mês do ano. Segundo o Tesouro, este é o melhor resultado para os dois primeiros meses de um mandato presidencial.
Em termos reais, a receita líquida do mês passado apresentou um decréscimo de R$ 20,8 bilhões (-16,8%), enquanto a despesa total registrou uma redução de R$ 1,3 bilhão (-0,9%), quando comparadas a fevereiro de 2022.
- Novo arcabouço fiscal: regra limita despesas e busca superávit; entenda
- Dívida pública cresce 1,51% em fevereiro, puxada por aumento do custo com juros
- Tesouro Nacional lança título para facilitar planejamento para aposentadoria
No acumulado em 12 meses, o resultado primário do governo é de superávit de R$ 35,9 bilhões. Apenas no último mês, a Previdência Social (RGPS) registrou déficit de R$ 37,7 bilhões em fevereiro, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram superávit de R$ 76,1 bilhões.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, fevereiro é sazonalmente um mês deficitário. “Houve uma ausência de receitas que tivemos no ano passado. Janeiro costuma ser um mês forte e fevereiro um mês fraco, é natural essa sazonalidade. Os primeiros quatro meses deste ano também serão um desafio maior, pois são os primeiros resultados e não englobam ainda as medidas tomadas que passam por um período de noventena”, pontuou.
Em fevereiro, a receita total apresentou uma queda de 12,1% (R$ 21,2 bilhões), enquanto a receita líquida apresentou recuo de 16,8% (R$ 20,8 bilhões) em termos reais. De acordo com a pasta, a variação é um efeito conjunto da redução de R$ 2,6 bilhões na arrecadação do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI); redução de R$ 2,5 bilhões do Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); de R$ 11,8 bilhões em Concessões e Permissões; queda de R$ 3,7 bilhões em Dividendos e Participações, além de uma redução das demais receitas de R$ 3,7 bilhões.
Saiba Mais
- Economia IGP-M registra alta de 0,05% em março, aponta Fundação Getulio Vargas
- Economia Mercado reage: bolsa sobe e dólar cai com anúncio do arcabouço fiscal
- Economia Novo arcabouço prevê piso para investimento a fim de evitar corte linear
- Economia Governo estuda uma saída para a bomba fiscal dos precatórios
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.