A Azul Linhas Aéreas inaugurou trecho que liga Brasília a São Paulo por meio dos aeroportos Juscelino Kubitschek e Deputado Freitas Nobre, de Congonhas. A partir desta segunda-feira (27/3), até sete novos voos diários saindo de São Paulo rumo à capital federal serão oferecidos pela companhia, que pretende expandir a atuação dentro do terminal paulistano — concedido à iniciativa privada no ano passado.
O primeiro voo partindo de Congonhas com destino ao Aeroporto JK foi recepcionado no início desta tarde por jatos de água, em uma espécie de ‘batismo’ da aeronave. Além de Brasília, outras cinco cidades receberão voos diários regulares partindo de Congonhas: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).
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O presidente da Azul, John Rodgerson, anunciou que, com os novos voos, a companhia ofertará quase 16 mil assentos a mais, partindo do aeroporto localizado no coração de São Paulo, ou com destino ao terminal. Para o executivo, que fez uma analogia, essa foi a peça final de um quebra-cabeça.
“A Azul era muito humilde naquele aeroporto. Nossos concorrentes fizeram de tudo para barrar a nossa entrada. Então, o que aconteceu agora é que, ao vender o aeroporto, o governo aumentou a capacidade, tirou todos os slots que eram da Avianca e redistribuiu eles. Mais do que dobramos a nossa posição em Congonhas, então nós temos habilidade hoje para voar para os principais destinos”, disse o presidente.
Já para o vice-presidente e diretor de operações na Inframerica, que administra o aeroporto de Brasília, Juan Djedjeian, a expansão da atuação da companhia aérea no Aeroporto JK é um desejo que perdura há muito tempo.
“Há muito tempo que nós queremos que a Azul amplie a sua malha aqui em Brasília e que eles continuem crescendo e continuem a pensar no futuro, para ter mais destinos desde Brasília. Esse é o primeiro passo e estamos super contentes e super felizes de estar aqui e de fazer parte dessa história”, admitiu.
Voos a R$ 200
Sobre a possibilidade de aprovar um projeto para fixar o preço das passagens em R$ 200 para aposentados, funcionários públicos e estudantes, que ainda deve ser debatido com a Casa Civil, o presidente da Azul revela que gostou da ideia, mas diz que ainda é necessário se pensar em como ela vai ser implementada.
Ele lembrou ainda que o preço do QAV (Querosene Para a Aviação) — combustível usado nas aeronaves — no Brasil é um dos mais caros do mundo. Por conta disso, um grupo de trabalho com membros do governo federal e de companhias aéreas foi estabelecido para estudar sobre o tema.
“Quando se fala em paridade de preço, não tem paridade de preço, quando o preço aqui é 35% mais caro do que o gringo paga. Então, a quem isso impacta mais? A classe C. Se a passagem é R$ 1.500, o classe A vai viajar, mas o classe C fica fora. Então, se nós podemos fazer alguma coisa para deixar o classe C voar, eu vou ter que contratar mais gente e a Embraer vai ter que fabricar mais aeronaves”, afirmou.
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