Os empresários que acompanhariam a comitiva presidencial à China devem manter suas agendas no país asiático mesmo após o adiamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por recomendação médica, neste sábado (25/3). Outros representantes do governo brasileiro, como o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, já estão no país ou em viagem.
Mais de 100 empresários do agronegócio já estão na China, e representantes de outros setores têm desembarque marcado para este sábado. Ao todo, são esperados 240 empresários no país. Antes da viagem, o Planalto declarou que Lula estaria acompanhado por uma "delegação recorde". O plano inicial do governo era assinar pelo menos 20 acordos bilaterais, incluindo parcerias para a construção de satélites.
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A principal agenda será na quarta-feira (29/3), um evento promovido pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Na segunda (27/3) haverá outro evento, realizado pelo entro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Segundo a secretária-geral do Itamaraty, embaixadora Maria Laura da Rocha, a agenda empresarial está mantida. Porém, não há como precisar exatamente quais autoridades do governo participarão. Também já embarcou a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. Ao contrário de parlamentares e detentores de cargos públicos, o governo não arca com as despesas de viagem dos empresários.
O estreitamento das relações comerciais também está na pauta. Ontem (24/3), Fávaro esteve com representantes da maior investidora chinesa do agro brasileiro, a Cofco. Em 2022, o produto brasileiro mais vendido para o mercado chinês foi a soja, com 36% do total exportado, seguido pelo minério de ferro com 20% e o petróleo com 18%. O perfil da exportação mudou um pouco em janeiro e fevereiro de 2023, com o petróleo na liderança com 23%, seguido pela soja (22%) e o minério de ferro (21%), de acordo com dados do Planalto.
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