A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos associados aprovaram o estado de greve de funcionários contra o que chamam de "privatização" em curso da Petrobras. As assembleias seguem até o dia 7 de abril para que todos os trabalhadores, inclusive aqueles em turnos de revezamento e embarcados, possam votar.
"O ato acontece para firmar posição contrária à privatização em curso da Petrobras e à permanência de gerentes na empresa alinhados ao governo anterior, contrariando o projeto eleito nas urnas. Em todas as assembleias realizadas até agora, a categoria vem aprovando a pauta", diz a nota da FUP.
- Federação Única dos Petroleiros critica privatização da Petrobras
- Reajuste salarial do alto escalão da Petrobras pode ser de até 43,88%
- Petrobras pode reduzir preço da gasolina, afirma Jean Paul Prates
O principal motivo para o indicativo é a decisão da diretoria executiva da estatal, publicada em 17 de março, prevê prosseguir com os processos que já tiveram os contratos de venda assinados das seguintes unidades: Polos Norte Capixaba, Golfinho e Camarupim (ES); Pescada e Potiguar (RN); e Lubnor (CE). A diretoria jogou a decisão para o Conselho de Administração (CA) da empresa, que ainda não se manifestou.
A decisão da Petrobras ignora ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) que pede sua suspensão à Petrobras, por 90 dias, para análise e reavaliação. Desde o fim de 2022, a FUP pede a revisão do acordo de venda de ativos firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a petroleira, ainda em 2019.
“O acordo com o Cade é prejudicial e contrário à política de refino do programa do setor de óleo e gás do governo Lula, que sinaliza a necessidade de ocupar mais o mercado brasileiro, o sexto maior mercado consumidor do mundo”, enfatiza Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.