Servidores públicos e ativistas se reuniram na manhã desta terça-feira (21), em frente à sede do Banco Central, para protestar contra a política da taxa de juros e o corte na oferta de crédito consignado aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Ainda na noite desta segunda-feira (20), o governo anunciou que a taxa pode ficar entre 1,9% e 2%.
Na última semana, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) decidiu reduzir o teto de juros para os empréstimos de 2,14% para 1,70%, convulsionado o mercado bancário. Ao menos seis bancos, entre eles Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e Santander suspenderam a oferta do crédito consignado para pressionar o governo a revisar a decisão, o que os representantes sindicais chamaram de "chantagem".
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No meio do problema está o Banco Central, palco das decisões sobre as políticas monetárias nacionais, inclusive, taxa de juros. Em uma reunião de ministros, nesta segunda, o governo Lula decidiu aumentar a taxa dos juros consignados do INSS, mas não houve acordo para definir uma taxa, o que levou à convocação de uma nova reunião.
No Distrito Federal, o ato ocorreu pela manhã em frente à sede do Banco Central. Há registros de protestos nos estados do Pará, Ceará e São Paulo. No Rio de Janeiro, o ato está convocado para a tarde.
O representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf/CUT) Jeferson Meira disse que o objetivo das mobilizações é pressionar o governo a reduzir as taxas de juros em todas as modalidades. "Como está, fica impraticável a política de preços", ressaltou.
Da sociedade civil, Laura Lima, do coletivo BordaLuta, avalia que a pressão deve ocorrer vinda de toda a sociedade. "Procuremos nos posicionar contra o uso do Banco Central para boicotar o governo", alerta.
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