Diretora-presidente da Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz), Gildenora Dantas comentou sobre a importância da participação da mulher no mundo corporativo, principalmente em cargos gerenciais e da administração pública. "Nós estamos com 11 ministras mulheres. É um marco na administração pública, nunca tivemos tantas ministras participando de um governo" frisou, em entrevista ao jornalista Roberto Fonseca, no programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília.
Dantas comentou também sobre como a Assefaz consegue incluir mulheres em processos seletivos e porque consegue ser diferente de demais empresas e fundações. "Isso se deu de uma forma natural. Nós passamos por processo seletivos para o recrutamentos desses cargos, são processos amplamente divulgados nas redes sociais, e as mulheres têm participado e têm se sagrado vencedoras, nesses processos seletivos. Pelas competências desenvolvidas, pelos requisitos que cada cargo exige, e que elas estão cumprindo. São várias fases deste processo seletivos e inclusive, entre os cargos gerenciais. Hoje nós só temos um homem dentro das 11 regionais. E 64% dos 697 funcionários da Assefaz são mulheres, então é um número muito expressivo. O fundador da Assefaz sempre se referia à fundação como uma jovem senhora, com alma feminina”, respondeu.
Qual a importância da mulher em cargos de gestão?
É um desafio enorme para todos nós que somos mulheres, que vamos para a área profissional, eu me recordo de que quando me formei em ciências contábeis, na turma de 30 formando, nós éramos apenas cinco mulheres. Então, a minha geração, ela teve um pouco mais de dificuldade na abertura desse processo de galgar cargos gerenciais, mas eu tive essa oportunidade de chegar à presidência agora da Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda. E eu tive a experiência de ser presidente do conselho de administração por alguns anos, depois passei por um processo seletivo e iniciei meu mandato agora em 2022 e vai até 32025. A Assefaz a gente costuma falar que tem uma alma feminina, então, na diretoria executiva, nós temos 50% de mulheres e 50% de homens.
Quais são os maiores desafios nessa questão e o que pode ser feito?
Os desafios são imensos, porque a mulher se coloca em uma responsabilidade muito grande, ela se auto intitula que ela que tem que cuidar dos filhos, da casa, tem que manter os filhos. Claro que temos as mães solos que a responsabilidade é bem maior, mas hoje nós temos muito a questão do compartilhamento, então a mulher tem que compartilhar com os pais, com o companheiro as responsabilidades. Da mesma forma que ela sempre apoia o seu companheiro no desenvolvimento dele, ela também tem que se colocar em primeiro lugar, ela precisa se desenvolver, precisa assumir novos cargos. Então, é uma situação que cada mulher tem que se autoempoderar, tem que olhar para dentro de si e se amar, para depois ela cuidar dos outros.
* Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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