O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 2, que os impactos nas contas públicas gerados pelo reajuste real do salário mínimo, promessa de campanha, serão recompensados por remanejamento orçamentário. Ele não detalhou a medida.
Na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o aumento do salário mínimo a partir de 1º de maio terá um impacto fiscal de R$ 5 bilhões e o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) representa perda de arrecadação de R$ 3,2 bilhões.
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Desaceleração
Nesta tarde, Haddad voltou a comentar os dados divulgados hoje pelo IBGE. De acordo com ele, a economia desacelerou de 2021 para 2022 e o Banco Central precisou elevar juros para reduzir a inflação do ano passado, decorrente de "medidas eleitoreiras", disse Haddad, em referência às políticas aprovadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro voltou a reforçar a necessidade de harmonizar política fiscal e monetária para evitar uma maior desaceleração da economia e garantir a retomada das atividades econômicas.
Os dados divulgados hoje registraram uma retração de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre do ano passado e uma desaceleração do ritmo de crescimento da economia de 5,0% em 2021 para 2,9% em 2022.
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