Jornal Correio Braziliense

Exportação

Fávaro recebe embaixador da China para tratar caso de 'mal da vaca louca'

Conforme o protocolo sanitário estabelecido entre os países, as exportações de carne bovina para a China foram temporariamente suspensas nesta quinta-feira (23/2)

O ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro recebeu, no fim da manhã desta quinta-feira (23/2), o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para prestar esclarecimentos sobre o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) — doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca” — confirmado em um animal no município de Marabá (PA).

Conforme o protocolo sanitário estabelecido entre os países, as exportações de carne bovina para a China foram temporariamente suspensas hoje. Diante da importância do mercado asiático, as informações acerca da apuração do caso estão sendo acompanhadas pelos países para a mais ágil adoção das medidas necessárias pelos governos.

O embaixador chinês destacou que aprecia o fato de o Brasil ter cumprido prontamente o protocolo sanitário e reforçou a intenção de promover a cooperação agrícola entre os países, tendo em vista que o comércio da carne bovina brasileira é muito importante para ambos.

Na ocasião, o ministro reforçou o compromisso do governo com “transparência, determinação e agilidade" na resolução do caso. Quando as exportações são suspensas por esse motivo, o Ministério da Agricultura envia dados às autoridades chinesas para que a situação de risco seja analisada, e as vendas de carne, liberadas. O processo, no entanto, pode se arrastar por meses.

De acordo com a pasta, o animal identificado com a doença tinha 9 anos e estava em uma pequena propriedade em Marabá. "O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado", afirmou o ministério, em nota.

Riscos

Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), trata-se da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza em animais mais velhos, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano. Amostras foram enviadas a uma instituição no Canadá para confirmar se o caso é atípico.

O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência do "mal da vaca louca", segundo classificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nas últimas décadas, houve registros apenas de casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.

As últimas ocorrências de doença da vaca louca foram registradas no país em 2021, em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e de Nova Canaã do Norte (MT). Na ocasião, a China — maior importadora de carnes brasileiras — suspendeu as compras entre setembro e dezembro daquele ano.

Notícias gratuitas no celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade: 

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!