E-commerce

Apenas 1 em cada 4 MPEs negocia produtos pela internet

Levantamento realizado pelo SIMPI e Datafolha revelou que 75% das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) vendem seus produtos e serviços diretamente para o consumidor final

Raphael Pati*
postado em 10/02/2023 18:03 / atualizado em 10/02/2023 18:04
 (crédito:  Mariana Lins)
(crédito: Mariana Lins)

A digitalização das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) ainda avança em passos lentos. Segundo revelou uma pesquisa do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi), em parceria com o Instituto Datafolha, apenas uma em cada quatro empresas dessa categoria negocia os seus produtos por meio de plataformas on-line.

Neste recorte, a região do país com a maior porcentagem de empresas que vendem os produtos pela internet é a região Sudeste, com 30%. Já a região Sul, com 18%, é a que menos comercializa pelo meio digital entre as MPEs. Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, ainda há receio por parte dos consumidores em adquirir produtos dessas empresas no e-commerce.

“Você tem fraudes de pagamentos, não tem como avaliar quem está te oferecendo o produto. Tem uma série de problemas que são uma realidade na mídia digital. É claro que isso afeta os negócios das empresas e é claro que o consumidor também se resguarda”, avalia.

Divulgação on-line

Além disso, apenas 34% das Micro e Pequenas Empresas do país possuem site próprio. A maioria delas prefere divulgar a marca pelas redes sociais — como Facebook, Instagram e Twitter. Esse foi o meio preferido por 54% de todas as empresas que participaram do levantamento do Simpi.

Por outro lado, 19% das MPEs informaram que os principais canais de divulgação são panfletos, folders e materiais promocionais. Outros 15% respoderam participação em feiras e eventos e somente 9% disseram utilizar mais propagandas na mídia.

Embora o presidente do Simpi afirme que os meios tradicionais de mídia, como jornais, revistas, além de rádio e televisão, sejam indiscutivelmente os principais veículos para transmitir os anúncios à população, de maneira mais integral, ele entende que a maioria dessas empresas não possui verba suficiente para fazer esse tipo de propaganda.

“A mídia social continua, ela não acaba nunca, mas vai depender muito do caminho em que cada uma dessas empresas — e aqui eu não falo das MPEs, mas dos detentores desse processo, como Twitter, Google e TikTok — vai seguir. Isso é o que vai determinar o surgimento de mais propaganda digital, ou não”, considera Joseph Couri.

Satisfação menor

Diante desse cenário, a pesquisa também mostrou que a insatisfação dos micro e pequenos empreendedores em relação aos próprios negócios cresceu entre o fim do ano passado e o início de 2023. Durante esse período, o Índice de Satisfação das MPEs recuou 11 pontos, de 135 para 124. Entre as causas para essa diminuição, o especialista destaca os eventos de 8 de janeiro, que culminaram na destruição das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“Junto com isso, você tem a decorrência da pouca geração de emprego, da dificuldade de conseguir crédito, etc. Além do destaque, claro, que a pesquisa aborda, sobre as vendas digitais”, considera o presidente do Simpi.

Sobre o cenário econômico do país, os empreendedores também receberam uma avaliação mais negativa neste último levantamento. O Índice de Satisfação Macroeconômica das MPEs, que varia de 0 a 200 pontos, apresentou uma queda de 122 para 105 pontos.

A performance da economia do país foi o item que teve o recuo mais significativo. Para os próximos três meses, apenas 39% dos entrevistados esperam alguma melhora na economia do país.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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