Conjuntura

Vendas no varejo registram queda de 2,6% em dezembro, aponta IBGE

Apesar do resultado registrado no último mês do ano, o varejo de 2022 fechou em alta de 1%, puxado pelos combustíveis

Francisco Artur
postado em 09/02/2023 12:02 / atualizado em 09/02/2023 12:03
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

As vendas no varejo caíram 2,6% em dezembro do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados nesta quinta-feira (9/2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda registrada no mês em que se comemora o Natal foi o segundo recuo consecutivo, já que em novembro foi constatada a retração de 0,9% no setor varejista.

Apesar do resultado mostrado nos dois últimos meses de 2022, o levantamento do IBGE aponta que o varejo encerrou o ano no campo positivo, com crescimento de 1%, puxado pelos combustíveis. Já em comparação com o último mês de 2021, as vendas do comércio registraram alta de 0,4%.

Combustíveis e lubrificantes

O varejo encerrou o ano passado no positivo em cinco das oito atividades analisadas pela pesquisa. Entre os setores que registraram alta, combustíveis e lubrificantes tiveram um aumento de 16,6%. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria também é destaque, com um crescimento de 14,8%.

O gerente do levantamento, Cristiano Santos, explica que a alta na área de combustíveis e lubrificantes foi motivada, em julho do ano passado, pelo início da política de redução dos preços da gasolina, etanol e diesel.

No caso do setor de livros, o crescimento é associado ao retorno da circulação de pessoas e das aulas presenciais. “É um setor que acumula perdas ao longo dos anos, por causa do esvaziamento das lojas físicas, já que muitas pessoas deixaram de comprar produtos físicos dessa natureza. O que explica esse crescimento no ano é a venda de materiais didáticos em um momento de volta às salas de aula de forma presencial”, diz o pesquisador.    

O setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso na pesquisa, está há dois meses no campo negativo, mas encerrou o ano com ganho acumulado de 1,4%. Os outros dois setores que cresceram no acumulado do ano foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,3%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%).

Cinco segmentos recuaram nesse indicador: Material de construção (-8,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%), Móveis e eletrodomésticos (-6,7%), Veículos e motos, partes e peças (-1,7%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%). No varejo ampliado, que inclui também os setores de veículos e material de construção, também houve perda no acumulado do ano (-0,6%).

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