A produção industrial e o número de empregos no setor caíram na passagem de novembro para dezembro de 2022. É o que mostra a Sondagem Industrial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta sexta-feira (20/1). O índice de produção ficou em 42,8 pontos no último mês do ano, 5,9 pontos abaixo do registrado no mês anterior. No mesmo período, o índice de evolução do número de empregados foi de 46,9 pontos, o que corresponde a uma diminuição de 2,1 pontos.
Embora a queda na produção seja destacada como expressiva, a desaceleração industrial era aguardada para dezembro, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI. "A sondagem traz um resultado esperado para o período, com queda de emprego, por exemplo. Mas é importante ressaltar que a queda foi mais branda do que em outros anos."
O resultado da produção permaneceu acima da média para o mês de dezembro (41,8 pontos), o que explica a avaliação sobre uma queda na produtividade industrial menos expressiva do que em outros períodos.
Emprego
O levantamento também mostra que a indústria empregou menos na passagem de novembro para dezembro do ano passado. O índice de evolução do número de empregados foi de 46,9 pontos, o que
corresponde a uma diminuição de 2,1 pontos entre esses meses, resultado abaixo da linha divisória dos 50 pontos desde outubro, indicando que há percepção de queda do emprego industrial no último trimestre de 2022.
Mais um vez, de acordo com o analista, o resultado permanece acima da média para o mês de dezembro — de 41,8 pontos. Por isso, a queda no número de empregos também é considerada branda.
Problemas
A Sondagem Industrial identificou que a elevada taxa tributária foi o principal problema para o desenvolvimento do setor no quarto trimestre de 2022, elencado por 32,1% dos empresários ouvidos no levantamento. A elevada carga tributária figurou em segundo lugar, apontada por 31,0% dos entrevistados, enquanto outros 29,8% disseram que a principal preocupação era com a demanda interna insuficiente.
Apesar do resultado para dezembro, a maioria dos índices de expectativas para janeiro de 2023 aumentou. "O otimismo manteve-se difundido e a intenção de investimento permaneceu estável no período", diz a pesquisa.
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