A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas S.A., enviado ao tribunal ainda nesta quinta-feira (19/1). Na petição, foi anunciado que a empresa tem dívidas no valor de R$ 43 bilhões, que envolvem contratos com credores financeiros, trabalhistas e fornecedores.
Segundo o juiz Paulo Assed, que foi responsável pela aprovação do pedido, o caso das Americanas é um dos mais emblemáticos da história do país. “Trata-se de uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país, não só por conta do seu passivo, mas por toda a repercussão de mercado”, escreveu o magistrado.
A recuperação judicial da varejista será a quarta maior em termos quantitativos do país, atrás apenas de Odebrecht (R$ 80 bilhões), Oi (R$ 65 bilhões) e Samarco (R$ 65 bilhões).
Com a decisão, as Americanas passarão por um período de 180 dias em que ficam suspensas das obrigações referentes à quitação de dívidas com os credores. O intuito é que a empresa tenha tempo para estruturar um plano de recuperação sustentável. A primeira versão desse documento deverá ser entregue em um prazo máximo de 60 dias.
Além disso, dentro das próximas 48 horas, a empresa deve entregar à Justiça uma lista que contenha informações sobre as dívidas, que chegam a R$ 43 bilhões, com mais de 16 mil credores.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
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