Em encontro com sindicalistas na manhã desta quarta-feira (18/1), no Palácio do Planalto, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reforçou a necessidade de regulação dos trabalhadores de aplicativo. Segundo ele, eles chegam a trabalhar até 16 horas por dia.
“Nós acompanhamos a angústia dos trabalhadores e trabalhadoras de aplicativo, que muitas vezes têm que trabalhar 16 horas por dia. Isso no meu conceito está à beira do trabalho escravo”, destacou.
Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um despacho que determina às pastas econômicas que elaborem propostas com objetivo de instituir a Política de Valorização do Salário Mínimo, que prevê uma recomposição inflacionária somada a um ganho real proporcional ao crescimento do Produto Interno Bruno (PIB). A reunião, que também contou com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, recebeu solicitações de 11 líderes sindicais, entre elas um pedido de mudança na reforma trabalhista.
"Vamos revisar uma por uma"
Marinho reforçou a necessidade de valorização desses postos de trabalho, que, segundo ele, estão presentes em praticamente todos os segmentos da economia. “Quando falamos da terceirização do processo de desmonte das garantias sindicais é exatamente disso que estamos falando. Estão tornando o trabalhador praticamente semi-escravo de forma regulada pela atual legislação, que nós vamos revisar uma por uma”, afirmou.
O acordo firmado com os movimentos sindicais prevê um prazo de até 45 dias, prorrogável uma vez por igual período, para que o governo apresente retornos às reivindicações. Além da valorização permanente do salário mínimo, entre outros pedidos estão: uma lei aplicada à terceirização de postos de trabalho, programas de capacitação e qualificação aos trabalhadores e o fortalecimento do papel dos sindicatos.
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