Em reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin (PSB), declarou nesta segunda-feira (16/1) que a reforma tributária “é central” e deve ser realizada no primeiro ano de governo. Aos representantes da indústria, Alckmin também prometeu uma desburocratização da economia, maior competitividade e investimento em educação.
Durante sua fala aos diretores da Fiesp, Alckmin disse avaliar como positivo o cenário internacional nas últimas semanas, com a covid-19 retrocedendo na China e uma inflação mais moderada nos Estados Unidos. Ele citou ainda que o governo conseguiu manter a redução de 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), uma demanda do setor, que poderia ser revogada.
“A próxima meta é acabar com o IPI, e acabar com o IPI é a reforma tributária. Tudo o que é PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que demanda mudança constitucional, três quintos [dos votos], duas votações, tem que ser rápido. Tem que fazer no primeiro ano, aproveitar o embalo, a legitimidade do processo eleitoral, e avançar o máximo”, declarou Alckmin na reunião, ao lado do presidente da Fiesp, Josué Gomes.
“Já tem duas PECs bastante discutidas, bastante maduras, que podem ser aprimoradas. Mas eu diria que a reforma tributária é central. Ela pode fazer o PIB (Produto Interno Bruto) crescer, ela pode trazer eficiência econômica, simplificando a questão tributária”, completou.
Educação
Alckmin disse ainda ser preciso investimento na educação básica para que a economia brasileira cresça, e elogiou a reforma do Ensino Médio feita durante a gestão de Michel Temer (MDB), também presente na reunião.
“O presidente Temer fez uma reforma importante no Ensino Médio, tornando-o mais atrativo, para diminuir a evasão escolar. A reforma feita é corretíssima porque metade, principalmente, do Ensino Médio é igual para todos, mas na outra metade você vai procurando dirigir a sua vocação”, avaliou o ministro.
Já sobre acordos internacionais, Alckmin citou o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), e que o governo avalia um programa de financiamento de exportações.
Assembleia extraordinária
Nesta tarde, a Fiesp realiza uma assembleia extraordinária com sindicatos patronais que querem a destituição de Josué Gomes da presidência da federação. Um grupo de sindicatos menores do setor é contra a gestão do atual presidente e sua atuação durante a campanha eleitoral de 2022. Josué articulou o manifesto divulgado pela Fiesp defendendo a democracia, que foi vista como opositores como um apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No encontro da tarde, o presidente da Fiesp terá que convencer os sindicatos a manter sua gestão, caso contrário poderá ser destituído.
Newsletter
Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!