O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, tomou posse na tarde desta segunda-feira (2/1) na sede do ministério, em Brasília. No primeiro discurso no cargo, o político prometeu iniciar a revisão do Cadastro Único de Programas Sociais imediatamente, para combater fraudes e buscar zerar a fila de espera dos benefícios sociais.
"Vamos trabalhar em parceria com Estados, Municípios e toda da rede da assistência social, além de movimentos sociais. Estamos analisando quem preenche os requisitos do programa [Auxílio Brasil], e só vamos pagar a quem preenche. Além da revisão, vamos iniciar uma busca ativa de pessoas que tem o direito de receber, para que tenham a oportunidade", assegurou o novo ministro.
O Ministério da Cidadania iniciou ação específica para tratamento das famílias unipessoais em setembro de 2022. Por meio de nota, o órgão explicou que o monitoramento da inclusão de famílias e da atualização cadastral por composição familiar revela um aumento gradativo do número de famílias unipessoais ao longo da história do Cadastro Único.
"Esse aumento se intensificou após novembro de 2021, passando de 8.929.623 (28% das 32.166.847 famílias registradas no Cadastro Único) para 13.912.102 milhões em outubro de 2022 (35% das 40.054.367 famílias registradas no Cadastro Único)", diz a nota.
De acordo com a secretária do CadÚnico e Gestão da Informação, Letícia Bartholo, o processo de revisão do cadastro deverá ser concluído ainda em janeiro. "Mas ainda vamos vamos sentar e definir o método", explica, referindo-se aos critérios a serem adotados no processo de inclusão ou exclusão dos beneficiários ao sistema.
A posse foi prestigiada por diversos políticos, entre eles, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o ministro da Educação, Camilo Santana.
Biografia
Wellington Dias, 60 anos, nascido em Oeiras (PI), se afastou do cargo de governador do Piauí para candidatar a senador pelo Estado. Foi diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em 1986, foi eleito presidente da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF), onde permaneceu até assumir a presidência do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí (1989-1992).
Iniciou a vida política em 1992, quando foi eleito vereador de Teresina (PI). Em 1994, foi eleito deputado estadual. Em 1998, foi eleito o primeiro deputado federal pelo PT no Piauí. Elegeu-se governador em 2002 e foi reeleito em 2006, deixando o cargo em 2010, quando se tornou senador pela primeira vez. Em 2014 e 2018, venceu novamente as eleições para o governo do Piauí.
Amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele foi líder do governo no Congresso Nacional durante os primeiros mandatos do petista.
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