Enquanto a Esplanada está lotada de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Congresso Nacional, onde por volta das 15h deste domingo (1º/1) ocorre a cerimônia de posse do presidente. Passando pela chapelaria do Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu conversar com a imprensa na saída, mas perguntado por um jornalista se a gasolina deveria subir, sorrindo, disse: “Vai é abaixar”, e seguiu para o Plenário da Câmara onde acompanhará a cerimônia.
Logo em seguida, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), anunciado como novo presidente da Petrobras, garantiu a manutenção da desoneração dos impostos federais por 60 dias para os combustíveis, e afirmou que não há motivos para qualquer alteração nos preços dos combustíveis.
Apontando que o cenário internacional deve reduzir o valor do barril do petróleo, Prates alertou para a possibilidade de especulação com os preços. “O que nós temos que notar e ficar atentos é com os oportunistas. Houve a especulação que não haveria a extensão da desoneração e muita gente se aproveitou disso para fazer um mal-entendido com o consumidor, dizer que houve alguma razão para aumentar o preço, quando na verdade não houve. Não há nenhuma razão para aumentar o preço do combustível no Brasil”, disse o futuro presidente da petroleira.
Questionado pelo Correio quanto à recomposição do ICMS, Prates aponta que a medida não terá efeitos imediatos, não havendo assim razão para aumentar os preços “de hoje para amanhã”.
Prates ainda lembrou que não está no comando da empresa em função das regras de “compliance”, mas garantiu que a medida provisória (MP) que manterá por mais 60 dias a desoneração dos tributos federais sobre os combustíveis deve ser publicada entre o dia 1º e 2 de janeiro.