O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (27/1) a criação de uma comissão que incluirá governadores e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para atuar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é discutir uma solução para a recomposição das perdas sofridas pelos estados com a limitação da tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS).
A medida definida pelas leis complementares 192 e 194, que reduziria a tributação de impostos federais e estaduais em combustíveis como a gasolina, energia e comunicações, fez parte do pacote de “bondades” eleitorais do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua tentativa de reeleição. Padilha reforçou esse aspecto durante coletiva após a reunião com governadores: “A verdadeira operação de boca de urna feita pelo governo anterior afetou fortemente a arrecadação, bem como a situação fiscal dos estados e do próprio governo federal”.
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Ainda segundo o ministro das Relações Institucionais, a comissão deve buscar dialogar com o Supremo. “O STF, desde o final do ano, vem conduzindo, inclusive com um grupo técnico, o processo de construção de um acordo sobre isso, construção de diretrizes sobre isso. Então, ficou acordado a constituição de uma comissão de governadores e governadoras, que ainda vai definir quem vai participar da comissão. Com o ministro Fernando Haddad, deve-se continuar nessas tratativas junto ao STF”, ressaltou Padilha.
A criação da comissão vai ao encontro do que desejam os gestores estaduais. Como o Correio antecipou mais cedo nesta sexta-feira, os governadores não querem o ônus político de um aumento nos preços da gasolina enquanto enfrentam uma queda orçamentária significativa desde a metade do ano passado.
Reforma tributária
Padilha também apontou que o ministro da Fazenda, durante a reunião, convidou os governadores para integrarem as discussões sobre a reforma tributária, que deve acontecer a partir de projetos já em discussão no parlamento. “Haddad convidou os governadores para participarem do debate da reforma tributária que já acontece no Congresso Nacional.”
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