A crise da Americanas (AMER3) é motivo de questionamento também por 30 investidores estrangeiros. O grupo acionou uma banca de arbitragem para iniciar uma ação por indenização contra a varejista. O principal motivo seria a maquiagem contábil feita pelos então dirigentes da empresa para esconder o rombo de mais de R$ 40 bilhões.
A Americanas enfrenta uma crise sem precedentes no mercado, tendo atendido ao pedido de recuperação judicial junto à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e iniciado o mesmo processo nos Estados Unidos. Com isso, veio a público a lista com cerca de oito mil credores no Brasil, com riscos aos investidores. Além da dívida já anunciada, o mercado estima que a Americanas possua débitos de R$ 5 bilhões em debêntures e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).
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Este é o segundo pedido a uma câmara de arbitragem. O primeiro foi movido pelo Instituto Ibero-Americano Empresa, do mercado de capitais, que foi à Câmara da B3, a CAM, para atuar em conjunto com acionistas, pedindo R$ 500 milhões de indenização, sob a alegação de que foi induzido ao erro devido à compra de ações que agora caíram de preço.
Por sua vez, a empresa emitiu comunicado à B3 e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre as oscilações dos seus ativos. A varejista alegou que suas ações vêm sendo alvo de especulações e rumores sobre os quais não possui qualquer controle. Entre os dias 12 e 25 de janeiro, houve forte oscilação das ações por "inconsistências contábeis", que culminaram com os pedidos de recuperação.
Desde então, as ações já fecharam em queda de até 42,53%. No último dia 20, caíram mais 29%, ficando abaixo de R$ 1.
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