A Dívida Pública Federal (DPF) brasileira cresceu 6,02% em 2022, fechando o ano em R$ 5,951 trilhões, ante R$ 5,613 trilhões em 2021. Segundo o relatório, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (26/1), este é o maior valor da série histórica, iniciada em 2004. Apenas em dezembro a dívida aumentou 1,37% em relação ao mês anterior. Na mesma base de comparação, a dívida interna subiu 1,48%, somando R$ 5,616 trilhões.
O custo médio do estoque da dívida subiu para 10,21% em 2022, ante 8,91% no encerramento do ano anterior. O custo médio das emissões da dívida interna, por sua vez, atingiu 12,08%, ante 8,49% em dezembro de 2021.
Segundo o Tesouro, a alta pode ser explicada pelos juros que o governoprecisou assumir para continuar se financiando, no valor de R$ 556,0 bilhões. O valor de apropriação de juros foi parcialmente compensado no ano passado pelo resgate líquido de R$ 218,2 bilhões em títulos. Quando há resgate líquido, significa que os resgates superaram as emissões.
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Apesar do crescimento, o estoque da dívida encerrou o ano abaixo do previsto pelo governo. A expectativa era que a dívida encerrasse o ano passado entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF).
Reserva de liquidez
O colchão de liquidez da dívida pública, reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos, encerrou 2022 com R$ 1,175 trilhão. O valor é 2,96% maior em termos nominais do que o R$ 1,142 trilhão que estava na reserva em novembro. O montante é 0,85% menor do que o observado em dezembro de 2021, quando registrou R$ 1,185 trilhão.
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