Enquanto o uso do papel moeda e de cheques cai, cresce a adesão dos brasileiros ao Pix. Lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central, o sistema de pagamentos instantâneos movimentou R$ 10,9 trilhões no ano passado, conforme a autarquia, enquanto dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe) mostram recuo de 7,3% na utilização de cheques por brasileiros.
Para o pesquisador Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV, a adesão ao Pix se deve à série de vantagens que a transferência instantânea oferece, como a rapidez e a segurança. "O que acontece quando uma nova forma dessas surge? Ela torna as anteriores obsoletas. O Pix surgiu e a sociedade rapidamente abraçou essa inovação", diz.
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Para o pesquisador, entre os efeitos da entrada do Pix no mercado está a velocidade com que o beneficiário recebe a transferência, além da gratuidade do serviço. "O surgimento do Pix reduziu muito o uso de papel moeda e reduziu muito o uso do cheque. Qual seria o motivo do uso do cheque? As pessoas, com facilidade e sem custo nenhum, podem conferir imediatamente se a transação foi feita. A tendência é utilizarmos mais o Pix em detrimento do papel moeda ou cheque, por exemplo", reforça.
Teixeira ressalta ainda que o sistema bancário está sofrendo a pressão da transição tecnológica. "Realmente, houve um grande avanço com a chegada do Pix. A tendência é que cada vez mais a tecnologia facilite todas as nossas relações comerciais."
Revolução silenciosa
Manoel Gustavo Neubarth, economista e professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGD/UFRGS), explica que a adesão ao Pix mostra que o sistema financeiro brasileiro vem vivenciando uma grande revolução silenciosa, "especialmente no sentido da transferência de recursos monetários". "O Pix vem ganhando a preferência dos brasileiros como principal forma de pagamento, sendo já o meio mais utilizado se considerado o número de transações", destaca.
De acordo com o especialista, isso é justificado pela facilidade de sua utilização. "Permite a redução severa dos custos de transação, que possibilita ensejar eficiência econômica em níveis antes sequer imaginados. Aliás, tal tecnologia coloca o Brasil como protagonista em âmbito mundial, sendo motivo de orgulho."
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