A arrecadação do governo federal com impostos e contribuições atingiu R$ 2,21 trilhões no ano de 2022, uma alta real de 8,18% em comparação com 2021, quando somou R$ 2,08 trilhões. Segundo os dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (24/1), este é o melhor desempenho da série histórica, iniciada em 1995.
Somente no mês de dezembro do ano passado, a arrecadação federal somou R$ 210,2 bilhões, uma alta real de 8,4% frente ao mesmo período do ano anterior, maior nível já registrado para o mês na série histórica.
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De acordo com a Receita, resultado pode ser explicado pelo recolhimento extraordinário do do Imposto de Renda - Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que registraram uma alta real de 17,73% no ano passado, com destaque para os recolhimentos do ajuste anual e da estimativa mensal.
Houve também um avanço expressivo no recolhimento do IRRF (Imposto sobre a renda retido na fonte) em razão da apreciação da taxa básica de juros (Selic), crescimento real de 67,23%, destacando-se o desempenho dos fundos e títulos de renda fixa. Já o desempenho da arrecadação do Simples Nacional cresceu 12,54% no período, corrigido pela inflação.
O comportamento dos principais indicadores macroeconômicos, como o aumento do preço de commodities com a guerra entre Rússia e Ucrânia, também ajudam a explicar o resultado, junto a retomada da atividade após a crise provocada pela pandemia da covid-19.
Desonerações
Apesar do recorde, a Receita destacou que as desonerações de tributos contribuíram para reduzir a arrecadação federal. Foram reduzidos o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), com perda de 17,2 bilhões em 2022, e, também o PIS/Cofins sobre combustíveis, o que gerou a redução de R$ 25,85 bilhões nos valores arrecadados no ano último ano.
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