O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que o plano para criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina não tem relação alguma com a ideia do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. A afirmação foi feita em entrevista coletiva na Casa Rosada, em Buenos Aires, nesta segunda-feira (23/1).
"Meu antecessor defendia uma moeda única, não é disso que estamos falando. Não se trata da ideia de Paulo Guedes, se trata de avançarmos nos instrumentos previstos e que não funcionaram a contento", explicou o ministro, que esclareceu que a moeda comum seria utilizada apenas no comércio entre os países, sem prejuízo da moeda corrente usada em cada nação.
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O pronunciamento aconteceu logo após o encontro de Haddad e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o ministro da Economia argentino, Sergio Massa. Na ocasião, Haddad classificou o atual momento como uma “oportunidade que está se abrindo” devido a um “alinhamento de propósitos com presidentes progressistas” e disse que a integração de países da América Latina deveria ser "um pouco mais radical".
“Eu vejo como uma obrigação histórica recolocar o debate de uma integração que, do meu ponto de vista, deveria ser um pouco mais radical do que foi tentado até aqui. O Mercosul foi uma grande iniciativa, mas penso que chegou o momento de sermos mais ambiciosos nas nossas pretensões regionais”, disse.
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