Na primeira fala após tomar posse, o ministro da Economia, Fernando Haddad, acenou com uma retomada forte do processo de integração do Mercosul e outros países da América do Sul. Haddad disse que é um "alívio" para a região saber que os países agora estarão mais unidos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o ministro, Lula tem "obsessão" pelo Mercosul. "O presidente já fez muito pelo Mercosul e vai voltar a fazer". Ele criticou a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES) no financiamento das exportações para o bloco. Segundo ele, o BNDES, o Eximbank brasileiro, assistiu a queda das vendas de produtos manufaturados sem fazer nada.
A maior integração dos países da região é um dos temas de interesse do novo ministro. Junto com o novo secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, Haddad escreveu um artigo defendendo a criação de uma moeda única para os países da América do Sul. Iniciativa para acelerar a integração regional fortalecer a soberania monetária dos países do continente.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, participou da posse de Lula e deve ter uma reunião amanhã com Lula com a presença de Haddad. O ministro confirmou que vai acompanhar Lula na viagem à Argentina prevista para janeiro.
Na cerimônia de posse, Haddad foi um dos novos ministros mais cumprimentado pelos convidados, mas evitou dar declarações para a impressa brasileira. A desculpa dada por ele foi para não "tirar o brilho" da posse de Lula.
Haddad só falou sobre o Mercosul a pedido de uma repórter argentina que interrompeu uma sessão de fotos que o ministro fazia na rampa do Palácio após a cerimônia com a família e amigos, entre eles o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, criado por ele e amigos em 2014 para discutir o avanço da Operação Lava Jato, que teve Lula como um de seus principais alvos.
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