A Eletronuclear recebeu a primeira liberação de recursos, no valor de US$ 12.998.909,49, do financiamento internacional obtido junto ao Santander para o Programa de Extensão da Vida Útil de Angra 1. No total, foram contratados US$ 22.262.331,00 que serão investidos no projeto de modernização da primeira usina nuclear do Brasil, que poderá ter seu funcionamento estendido por mais 20 anos.
A Eletronuclear solicitou a renovação da licença de funcionamento de Angra 1 por duas décadas junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). Por conta disso, a empresa está realizando um programa de extensão da vida útil da unidade para efetuar as medidas necessárias para que a planta possa continuar a operar após 2024, quando vence a licença atual.
Para isso, a companhia implementou o Programa de Extensão de Vida útil da unidade, que vai efetuar as medidas necessárias para que Angra 1 possa continuar a operar, com segurança, até 2044. A amortização do empréstimo já liberado será em 10 parcelas semestrais iguais na modalidade SAC (Sistema de Amortização Constante), com taxa de juros de 1,05% ao ano.
O montante vai reembolsar gastos já realizados pela empresa no âmbito do Engineering Multiplier Program (EMP), que engloba estudos de viabilidade e serviços de pré-engenharia, design e meio ambiente. Com isso, a Eletronuclear consolida a parceria com o US Exim Bank, marcando o retorno da agência multilateral do governo norte-americano à concessão de financiamentos a projetos na área nuclear, junto ao qual ainda visa consolidar um empréstimo de cerca de US$ 430 milhões.
Previsões
De acordo com a Eletronuclear, em dezembro de 2023, a empresa precisará submeter à Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), órgão regulador e fiscalizador do setor nuclear brasileiro, a 3ª Reavaliação Periódica de Segurança (RPS) de Angra 1 – principal marco do processo de licenciamento para a operação de longo prazo da usina. Além disso, que já realiza estudos para analisar a vida útil de Angra 2.