Maior preocupação das famílias ainda é com aumento dos gastos com itens básicos

Estudo detalha comportamento de consumo das famílias em relação ao orçamento, planejamento de gastos e situação de endividamento no terceiro trimestre

Ed Alves/CB

Preço dos itens básicos, como produtos de higiene, alimentos e combustível, continuarão sendo a principal preocupação das famílias brasileiras nos próximos seis meses. É o que mostra um estudo da TransUnion, empresa global de informações e insights, sobre como a população está lidando com os impactos do cenário econômico. Segundo os dados, 34% perdem o sono com o aumento desses gastos.

Apesar da tendência de queda nos índices de inflação, 46% dos entrevistados disseram que suas rendas não acompanharam o nível de aumento de preços observado ao longo do ano.

Por outro lado, a pesquisa também mostra que o brasileiro está conseguindo guardar mais dinheiro. “Poupar mais tem sido uma das principais formas de lidar com o cenário econômico do país — no terceiro trimestre, 16% dos entrevistados (ante 10% no segundo trimestre) disseram que aumentaram os investimentos em fundos de aposentadoria, e 26% (ante 22%), em fundos de emergência nos últimos três meses”, diz o estudo.

Pé no freio

O levantamento revela ainda que, no terceiro trimestre, os consumidores disseram que vão diminuir as despesas nos próximos três meses em compras em lojas físicas e on-line (39%); gastos facultativos como viagens, entretenimento e comer fora (43%); e grandes compras, como carros e eletrodomésticos (38%).

Já em relação às obrigações existentes, houve uma queda do último trimestre de 13 pontos percentuais entre as pessoas que esperam não conseguir pagar integralmente suas contas e empréstimos atuais (27%). Entre elas, 51% esperavam não conseguir pagar suas contas de cartão de crédito, seguido por empréstimos pessoais (35%) e contas fixas, como luz, água e gás (12%).

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