Novo governo

Planalto diz que Mercadante mente ao dizer que Brasil está quebrado

Ministério da Economia e Planalto emitiram nota para rebater coordenação técnica do gabinete de transição do novo governo. "As declarações de que o Estado brasileiro está ‘quebrado’ não são compatíveis com a realidade", informaram

O Ministério da Economia e o Palácio do Planalto emitiram uma nota para rebater as informações do gabinete de transição do novo governo, liderada pelo ex-ministro dos governos do PT Aloizio Mercadante. “As declarações de que o Estado brasileiro está ‘quebrado’ não são compatíveis com a realidade”, justificou o governo Bolsonaro. A coordenação técnica do governo eleito, por sua vez, mantém o posicionamento de Mercadante sobre o cenário econômico.

Na última semana, durante a apresentação de conclusões dos Grupos de Trabalhos de Planejamento, Orçamento e Gestão, o ex-ministro disse que “o diagnóstico que vai ficando claro para o governo de transição é que o governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro. Serviços essenciais ou já estão paralisados ou correm grande risco de serem totalmente comprometidos”, afirmou à época.

Nesta segunda-feira (12), o grupo de transição emitiu nota para reafirmar as declarações de Mercadante. "Para o andar de cima, o Estado não está quebrado. Para os que mais precisam, há um verdadeiro apagão fiscal, que compromete os serviços públicos essenciais aos mais pobres e que não assegura o mínimo para a sobrevivência, conforme vem apresentando o Gabinete de Transição ao longo de entrevistas coletivas temáticas", avaliam.

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Após as declarações, o Ministério da Economia emitiu nota, compartilhada pelo Palácio do Planalto, classificando-as como "infundadas" e “não compatíveis com a realidade”, elencando uma série de indicadores para criticar as afirmações.

“A Dívida Bruta do Governo Geral deverá terminar o ano representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB) e superavit primário de R 23,4 bilhões, o primeiro desde 2013 (Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias - 5º Bimestre de 2022). Será o primeiro governo que encerra o mandato com endividamento em queda: em 2018, a relação dívida/PIB chegou a 75,3%. Demais países emergentes e desenvolvidos têm projeções de crescimento de dívida entre 10,6 pontos e 8,5 pontos percentuais, respectivamente, em comparação com as taxas observadas antes da pandemia”, ressaltou a nota.

O documento mostrou, ainda, o resultado das estatais. “Cabe destacar, também, o resultado das empresas estatais que caminha para fechar 2022 na casa dos R$ 250 bilhões, depois de resultado de R$ 188 bilhões em 2021, contra prejuízos de mais de R$ 30 bilhões em 2015. A atual administração também marca outro fato inédito ao entregar o nível de despesa primária em proporção do PIB em patamar inferior ao do início do governo (18,7% do PIB em 2022 contra 19,5% em 2019).”

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