Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na noite deste sábado (31/12), o presidente em exercício, Hamilton Mourão (Republicanos), disse que o bolsonarismo manterá a oposição e a vigilância do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse neste domingo (1/1), em grande ato político e social em Brasília. Além disso, sem citar nomes, o vice-presidente criticou "lideranças [institucionais] que deveriam tranquilizar a nação, permitindo criar um clima de caos".
Mourão destacou que a alternância do poder deve ser preservada e que o país mudará de governo, não de regime. "Tranquilizemo-nos. Retornemos à normalidade da vida", ressaltou, prometendo, ainda, que os governos e políticos bolsonaristas que obtiveram êxito nas últimas eleições gerais manterão vigilância contra o governo petista. "Sem promover oposição ao Brasil", pontuou.
Entre os destaques do discurso, Mourão fez referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no pleito deste ano, sem citar o nome dele. O vice-presidente destacou a "falta de confiança de parcela significativa da sociedade" nas instituições em decorrência de interferências na política. "Lideranças que deveriam tranquilizar a nação, permitiram criar um clima de caos", disse.
Mourão destacou avanços promovidos pela gestão Bolsonaro, como a liberalização da economia, avanço na digitalização da gestão pública e privatização das estatais. "Entregaremos um país equilibrado e livre de práticas de corrupção", disse.
E reconheceu problemas. "Nem todas as empreitadas obtiveram o que projetamos. Na área ambiental, tivemos percalços, embora tenhamos uma redução de desmatamento. A região ainda precisa de muito trabalho", concluiu.
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