Ibovespa: último pregão do ano tem 109.734 pontos; dólar avança a R$ 5,27

Em uma sessão de baixa liquidez, com o mercado em clima de férias, os investidores seguem cautelosos aos próximos passos do novo governo

Rafaela Gonçalves

postado em 29/12/2022 19:02 / atualizado em 29/12/2022 19:02

(crédito: AFP / Nelson ALMEIDA)

Em uma sessão de baixa liquidez, com muitos investidores já no clima de fim de ano, o Índice Bovespa (IBovespa), principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), não conseguiu se manter no patamar acima dos 110 mil pontos, encerrando o último pregão do ano com variação negativa de 0,46%, aos 109.734 pontos. O giro financeiro nesta quinta-feira (29/12) foi de pouco mais de R$ 24 bilhões. O dólar comercial, por sua vez, registrou alta de 0,47%, aos R$ 5,27 para compra e para venda.

No acumulado de dezembro, o índice apresentou queda pelo segundo mês consecutivo, acumulando baixa de 2,44% no período. Em 2022, a Bolsa brasileira acumulou alta de 4,68%. Já a moeda americana acumulou ganhos de 1,48% no mês, contudo, teve queda de 5,32% em 2022.

No cenário doméstico, os investidores repercutiram a conclusão do anúncio da equipe de ministros do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram divulgados os 16 nomes que ainda faltavam. Também continua no radar, a partir da próxima semana, as decisões da futura equipe econômica do governo, com destaque para as discussões sobre a prorrogação da desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis.

Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Kamura, o mercado ainda segue bastante guiado pelas mudanças do novo governo. “O movimento hoje foi de cautela, os investidores ainda têm muita preocupação em relação ao novo governo e o que foi discutido na transição. Uma coisa que acabou animando bastante o mercado foi a fala do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com um discurso de aproximação com o mercado e com um tom mais fiscalista, pensando também no controle de gastos”, observou.

O economista ressaltou ainda que a baixa liquidez deve seguir nos pregões ao longo da próxima semana. “Além disso, a tendência deve continuar sendo de cautela, até que a gente tenha uma visão mais clara de quando o novo governo vai começar a implementar essas medidas que vêm sendo discutidas”, acrescentou.

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