Conjuntura

IGP-M: "inflação do aluguel" fecha ano em 5,45% com alta de 0,45% em dezembro

Em dezembro de 2021, o índice variou 0,87% e acumulava alta de 17,78% em 12 meses

Fernanda Strickland
postado em 29/12/2022 10:23 / atualizado em 29/12/2022 10:25
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta quinta-feira (29/12) que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) varia 0,45% em dezembro, após queda de 0,56% no mês anterior. De janeiro a dezembro de 2022, o índice acumulou alta de 5,45%. Em dezembro de 2021, o índice variou 0,87% e acumulava alta de 17,78% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,47% em dezembro, após queda de 0,94% em novembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,29% em dezembro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 0,13%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,01% para -0,47%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,09% em dezembro, após alta de 0,12% no mês anterior.

Já a taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,11% em novembro para -0,30% em dezembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 0,83% para -2,26%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,13% em dezembro, ante queda de 0,32% em novembro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,09% em dezembro, após queda de 2,86% em novembro. Contribuíram para alta do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-8,01% para 16,32%), café em grão (-20,97% para 0,40%) e bovinos (-2,20% para 1,55%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (1,25% para -1,52%), laranja (8,88% para -3,04%) e mandioca/aipim (6,33% para 1,72%).

O coordenador dos Índices de Preços, André Braz, explica que a última edição do IGP-M de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor. "No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”, afirma.

Preços ao consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,44% em dezembro, após alta de 0,64% em novembro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 0,37%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item artigos de higiene e cuidado pessoal, cuja taxa passou de 2,03% em novembro para -0,25% em dezembro.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,60% para -0,26%), Transportes (0,79% para 0,31%), Vestuário (0,83% para 0,67%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,08%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: passagem aérea (2,07% para -1,71%), gasolina (1,58% para 0,18%), calçados (1,35% para -0,12%) e cigarros (0,01% para -0,72%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,83% para 0,99%), Comunicação (-0,32% para 0,48%) e Habitação (0,37% para 0,42%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: arroz e feijão (-0,82% para 3,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,32% para 0,69%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 1,27%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,27% em dezembro, ante 0,14% em novembro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (-0,35% para 0,37%), Serviços (0,35% para 0,43%) e Mão de Obra (0,53% para 0,16%).

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